28/11/2009 - Fábio Cadore no Photozofia

Fabio Cadore e lúdico navegante. O álbum de estréia de Fabio Cadore, Lúdico Navegante, aponta vários caminhos que este artista pode percorrer. O jovem compositor apresenta ao distinto público sua bela voz, 12 canções de sua própria lavra e mostra também que é um sofisticado violonista e arranjador. Ele poderia ter escolhido uma destas facetas para mirar os holofotes, mas preferiu se mostrar por inteiro, correr riscos. Ah sim, porque com sua bela voz e um repertório bem selecionado poderia fazer surgir um intérprete, finalmente um novo cantor no país das cantoras.

Cadore faz a ponte entre o erudito e o popular com sutileza e sensibilidade. Por reverenciar estes detalhes e trafegar pelo universo da música instrumental brasileira, masterizou Lúdico Navegante ao lado de André Geraissati, um dos músicos que mais se preocupam com a técnica e a linguagem musical do violão. Esse trabalho de estréia também conta com as participações especiais do cantor e compositor Filó Machado e da cantora Karina Ninni.

Fabio Torres (piano e fender Rhodes) é o destaque do time de primeira formado por Bruno Migotto (baixo acústico e elétrico) e Rafael Heiss (bateria), que acompanha a voz e o violão de Cadore ao longo de quase todo o cd. Em algumas canções, a eles se juntam o percussionista Cleber Campos, o guitarrista Leandro Pellegrino e os metais de Cássio Ferreira (sax alto), Josué dos Santos (sax tenor e flauta), Rubinho Antunes (trompete) e Emerson Will (trombone). Ivan de Andrade cuidou dos arranjos de cordas ouvidas em Lúdico Navegante e Sublime, que fecha o disco destacando a bela voz de Fabio Cadore, acompanhado apenas pelo seu violão, violinos (Ricardo Takahashi e Marcos Scheffel), viola (Alexandre de Leon) e cello (Gustavo Lessa).

Lançado em Abril de 2008, o álbum chama a atenção da crítica especializada com boas melodias e letras que trazem cenas cotidianas, tocando em política e sociedade, segundo o jornalista Beto Feitosa. Já o jornalista André Domingues ressalta o requinte melódico e harmônico, tributário direto da valorosa estirpe de Djavan, João Bosco, Edu Lobo e outros cultores de linhas sinuosas e imprevisíveis.

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